terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Municipalização do ensino em Cravinhos: um projeto apressado e controvérsio.

Imagem: Rei dos Bastidores.
Entenda o caso.
O município de Cravinhos a partir do ano de 2011 municipalizará o 6º ano do ensino fundamental II, as antigas 5ª séries. De um lado o executivo com pressa para concluir os processos legais, no caso, a criação de cargos, visto que a lei que autoriza a municipalização já existe. De outro lado, os professores estaduais reivindicando o adiamento da municipalização para 2012.
Professores questionaram que o projeto foi apressado e não foi discutido com setores interessados na área da educação. As escolas tomaram conhecimento do processo de municipalização através da mídia local por volta do final do mês de outubro. Por esta data, o prazo para os professores se removerem já havia passado.
Diante desse fato, os docentes do estado pretendiam adiar a contratação de professores, numa forma de convencer o executivo a repensar os prazos do projeto e com isso ganharem tempo para se removerem do município. Porém, dia 7 de dezembro, o projeto de lei suplementar que cria os cargos de PEB II foi votado. Sua aprovação se deu por 6 votos a favor e 3 contra.
Para os professores.
Parte considerável dos professores não é contra a municipalização, mas é contra a municipalização nos moldes em que ocorreu em Cravinhos. Ou seja, foram pegos de surpresa. Não foram ouvidos pelo executivo e apesar do legislativo ter ouvido as reivindicações elas não foram suficientes para sensibilizar a maioria dos vereadores.
O peso político dos professores, que de modo geral são formadores de opinião, não foi considerado. Ao que tudo indica, a câmara votou em sintonia com o executivo de Cravinhos.
Para o executivo.
Tiveram sucesso nos seus propósitos e mostraram que podem contar com o legislativo na aprovação de projetos que lhes interessam. Apostam que têm a capacidade de estruturar a rede para receber essa etapa do ensino fundamental, inclusive com melhora significativa de qualidade.
Considerações finais.
O que todos esperam é que a anunciada qualidade se faça presente nessa nova etapa da educação municipal. Que entre perdedores (professores?) e vencedores, a população possa ganhar mais em qualidade de ensino.

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