Os imóveis de uma cidade refletem o seu passado. E o passado, por sua vez, é uma das maiores referências que uma sociedade pode ter para viver o futuro. Uma sociedade que despreza o passado fica sem sustentação histórica no futuro.
Evidencia muito esse fato as cidades históricas europeias, elas valorizam sobremaneira seus centros históricos e com isso ainda acham jeito de ganhar dinheiro com o turismo.
O fator econômico está acima da cultura em Cravinhos e em grande parte do Brasil. Ele tem sua função e até certo ponto é importante. Os critérios para a história e a cultura dar espaço para a economia tem que ser levado mais a sério. Devem tratar disso pessoas especializadas no assunto, livres de pressões do capital aptas a compreender o que é referência para uma sociedade.
Ao que tudo indica, esses critérios não figuram entre as maiores preocupações do poder público de Cravinhos e de certa forma da sociedade civil organizada.
O que notamos abaixo é uma construção do início do século XX que foi demolida para dar lugar...ainda não se sabe ao quê. Qual é o valor dessa construção? A memória dos antigos poderia explicar melhor, porém nota-se que era um prédio comercial localizado numa região onde podemos chamar de primeiro centro de cidade, visto que era ali a saída para capital do estado. Outro fator de extrema relevância e a proximidade com a igreja São Benedito, desmoronada no início de 2009.
A igreja São Benedito, sem sombra de dúvidas, se não o maior um dos maiores patrimônios históricos arquitetônicos de Cravinhos. A proximidade de um imóvel comercial é fator suficiente para que esse fosse preservado. É aconselhável que o entorno de um patrimônio detenha as características que refletem à época de seu auge na função que ele exerceu no tempo e no espaço.
Acima o imóvel ao qual fizemos referência, portas de madeira localizado num amplo entroncamento de ruas. À direita, localiza-se a igreja São Benedito.
Agora o imóvel semi-demolido. Desse imóvel é possível ver a igreja São Benedito que até agora ainda não começou a ser reconstruída. Apesar de algumas ações municipais e comunitárias estarem engajadas na sua reconstrução. 
3 comentários:
Mude o nome da postagem para: Cravinhos - (mais) uma cidade que não preserva seus imóveis históricos... talvez um dia isso mude. É bom mudar antes que tudo se acabe. Não somente em Cravinhos, mas no resto do Brasil (com as exceções de praxe). Enquanto o povo de uma localidade não se importar com a preservação de seus próprios imõveis, pouco poderá ser preservado.
Olá Ralph, atendi seu pedido. Realmente o que leio por aí, inclusive no seu blog, mostra-nos um vedadeiro desprezo como os patrimônios históricos.
Valeu pela dica!
Entre as cidades que conheço, as que parecem se importar com a conservação, pelo número de casas conservadas e cidade limpa, estão Curitiba, Lapa (PR), Dois Córregos, Bocaina (SP), Agudos. Posso ter me esquecido de alguma, mas não serão muitas...
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