Artigo de opinião: Alexandre de Freitas.Nos meses de setembro acontece o tradicional rodeio de Cravinhos, festa digna de elogios e esperada por todos. Neste ano (2010) será realizada entre 15 e 19 de setembro. Para quem não é da cidade ou região e quer ter uma ideia aproximada de tal evento, em linhas gerais a cidade para. Muitos alunos faltam às aulas, muitos operários ficam até tarde na festa e faltam ao serviço, na cidade o comentário é só rodeio. Ou seja, é uma semana de culminância de tudo que se esperava no ano.
A mídia local dá total ênfase nesse evento. O prefeito José Francisco Matasso Ferdinando (Cabelim) pronunciou-se da seguinte forma no Jornal A Tribuna (versão online) ‘A nossa intenção é fazer um grande rodeio fazendo com que a tradição de nosso município permaneça. Montamos uma grade de programação muito boa e que agradará a todos os gostos’. (Jornal A Tribuna Regional, disponível em: http://www.atribunaregional.com.br/index2.php?ctg=15&nt=6378, acessado em 11/09/2010.)
Inegavelmente o empenho para realização de tal festa é positivo e o lazer é parte indispensável da cidadania de uma população. Mas será que a cidade não carece de outros investimentos? Qual a ordem de importância num município?
Não precisamos nos esforçar muito para notar ruas sem sinalização, praças mal cuidadas, mata ciliar do córrego Ribeirão Preto comprometida; dentre outros problemas. Então por que não priorizar essas áreas? Cravinhos tem um alto índice de morte no trânsito e um dos motivos principais é a falta de sinalização. A Igreja São Benedito foi ao chão, 120 anos de memória não recebeu a atenção necessária.
Esses assuntos incomodam, melhor é tentar não falar sobre eles. Mas lembramos que o cidadão é culpado pela sua omissão. As críticas às instâncias governamentais são positivas e faz parte do processo democrático. Porém, a culpa não reside somente nos governantes. Esses satisfazem o desejo da população e o que o povo quer é o rodeio. Essa festa ganha de qualquer tentativa que tente aplicar mudanças positivas na qualidade de vida da população. Deixem a praça mal cuidada, as ruas sem sinalização e o meio ambiente sendo comprometido pois que em setembro todos esqueceremos dos nossos problemas em alucinantes noites ébrias.
Só não se esqueçam que depois tudo volta ao normal.
Sem entendimento sobre as verdadeiras prioridades esse quadro dificilmente muda. Não se trata de repúdio à festa, antes, é uma proposta para colocá-la na ordem de importância que a coerência e a inteligência pedem.
Ignoti nulla cupido.
(Não se deseja o que não se conhece).
A mídia local dá total ênfase nesse evento. O prefeito José Francisco Matasso Ferdinando (Cabelim) pronunciou-se da seguinte forma no Jornal A Tribuna (versão online) ‘A nossa intenção é fazer um grande rodeio fazendo com que a tradição de nosso município permaneça. Montamos uma grade de programação muito boa e que agradará a todos os gostos’. (Jornal A Tribuna Regional, disponível em: http://www.atribunaregional.com.br/index2.php?ctg=15&nt=6378, acessado em 11/09/2010.)
Inegavelmente o empenho para realização de tal festa é positivo e o lazer é parte indispensável da cidadania de uma população. Mas será que a cidade não carece de outros investimentos? Qual a ordem de importância num município?
Não precisamos nos esforçar muito para notar ruas sem sinalização, praças mal cuidadas, mata ciliar do córrego Ribeirão Preto comprometida; dentre outros problemas. Então por que não priorizar essas áreas? Cravinhos tem um alto índice de morte no trânsito e um dos motivos principais é a falta de sinalização. A Igreja São Benedito foi ao chão, 120 anos de memória não recebeu a atenção necessária.
Esses assuntos incomodam, melhor é tentar não falar sobre eles. Mas lembramos que o cidadão é culpado pela sua omissão. As críticas às instâncias governamentais são positivas e faz parte do processo democrático. Porém, a culpa não reside somente nos governantes. Esses satisfazem o desejo da população e o que o povo quer é o rodeio. Essa festa ganha de qualquer tentativa que tente aplicar mudanças positivas na qualidade de vida da população. Deixem a praça mal cuidada, as ruas sem sinalização e o meio ambiente sendo comprometido pois que em setembro todos esqueceremos dos nossos problemas em alucinantes noites ébrias.
Só não se esqueçam que depois tudo volta ao normal.
Sem entendimento sobre as verdadeiras prioridades esse quadro dificilmente muda. Não se trata de repúdio à festa, antes, é uma proposta para colocá-la na ordem de importância que a coerência e a inteligência pedem.
Ignoti nulla cupido.
(Não se deseja o que não se conhece).
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