terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Prédios históricos de Cravinhos são derrubados.

Neste mesmo espaço, há um ano, já tínhamos destacado que não há uma preocupação em preservar prédios históricos na cidade de Cravinhos. Claro que essa postura não é única da cidade, nota-se casos semelhantes por todo Brasil. Mas talvez o caso de Cravinhos seja mais emblemático.
Cravinhos é uma cidade que teve ser crescimento ofuscado por Ribeirão Preto, o que a princípio parecia ruim deu contornos históricos especiais à cidade. Ela detém (ou detinha) muitos prédios do final do século XIX e início do século XX ainda intactos. Verdadeiros patrimônios arquitetônicos. 
Acontece que não há na cidade uma iniciativa pública que vise a preservação-conservação desses prédios.Acreditamos  que é o reflexo de uma cultura pouco aguçada quanto a preservação da memória e da história da cidade. Até onde sabemos nunca houve uma postura de preservar esses prédios, recuperá-los e/ou usá-los como pontos históricos servindo-se dos prédios como repartições públicas por exemplo.
É uma visão míope por parte da administração e de muitos cidadãos. Esses não veem na preservação motivo de promover uma memória cultural em nossos jovens, não veem que a cidade sem passado tem futuro comprometido. 
Dói-nos saber que em países como a Alemanha, não é permitido nem mesmo colocar persianas nas janelas para não impactar o visual dos prédios históricos, em Paris há todo uma preocupação para que novas construções não ofusquem as mais antigas, em Roma as obras do metrô sempre param quando acham um artefato histórico e em Cravinhos derruba-se prédios que são a memória visual da cidade.
É, no mínimo, a falta de bom senso. Primeiro por parte da administração cujas ações que envolvem a preservação e a cultura são nulas, depois a própria população que não desenvolve vínculo com a cidade.
Vejam as imagens do absurdo.

 As fotos acima foram tiradas em janeiro de 2011, nota-se características arquitetônica que nos remetem ao início do século XX. 

Essas duas fotos acima são de 2012. Como previsto anteriormente - o prédio foi derrubado. Há outro bem próximo, na mesma rua, que pode ter o mesmo destino desse.  Veja-o abaixo.
 Fotos: Alexandre de Freitas, janeiro de 2011/2012.
           

Um comentário:

Anônimo disse...

Este prédio quem construiu foi meu bisavô e meu pai nasceu ai!! que saudadees!!!

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