segunda-feira, 5 de novembro de 2012

43 anos após a morte de Marighella

No dia 04 de Novembro de 1969, Carlos Marighella, o maior inimigo da ditadura brasileira, era executado a tiros por agentes do DOPS em ação coordenada pelo delegado Fleury


 Para o presidente da Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Adriano Diogo (PT), a recente onda de violência que atinge o estado é uma repercussão dos anos de autoritarismo. “Acho que a onda de violência é um resquício da ditadura. É uma coisa bestial. Estes jovens da periferia sendo executados”, disse Diogo.

Filho de italiano com baiana, teve uma vida dedicada à luta contra a ditadura. Marighella iniciou a militância aos 18 anos, quando abandonou o curso de Engenharia Civil da escola politécnica da Bahia para se ingressar de cabeça no Partido Comunista Brasileiro. Preso em 1936, foi solto  pela “macedada” (nome da medida que libertou os presos políticos sem condenação). Durante a ditadura de Getúlio Vargas, foi eleito deputado federal constituinte em 1946 e, no ano seguinte, teve o mandato cassado. 
Convidado pelo Comitê Central, passou os anos de 1953 e 1954 na China, a fim de conhecer de perto a recente revolução chinesa. Em 1966, após 45 anos de vida de prisões e torturas mesmo dedicado à luta pacífica pelo fim da ditadura, opta pela luta armada contra a ditadura, escrevendo A Crise BrasileiraEm 1968, fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de resistência à ditadura,  que participaria do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em uma ação conjunta com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Em 1969 escreveu o minimanual do Guerrilheiro Urbano, que viria a servir de orientação aos movimentos revolucionários do mundo todo.

Veja abaixo clip da música feita pelo Racionais MC's sobre Marighella.





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