A qualidade de vida de uma cidade é reflexo das atitudes de sua população e de seus representantes públicos, ou seja, do poder público constituído. Havendo, necessariamente, uma relação mútua entre os dois.
Cravinhos, em determinadas circunstâncias, torna-se praticamente insuportável pelo excesso de barulho produzido por seus carros de sons, por jovens que disputam campeonatos nessas modalidades, ou apenas saem nas ruas exibindo a potência de seus amplificadores.
Da parte desses jovens, creio que eles desconhecem que provocam barulho e incomodam muita gente. A definição de barulho é: som indesejável. Percebam que, para quem não quer ouvir as músicas daqueles jovens ou as propagandas de carros de sons, de fato o que há é muito barulho nessa cidade.
A exposição a sons com mais de 50 decibéis pode causar deficiência auditiva, o limite para zonas residenciais urbanas é de 55 decibéis de dia e 50 decibéis à noite. Com certeza Cravinhos vem extrapolando os limites.
Quais seriam as possíveis soluções? Conscientizar a população é mais difícil. É um processo que envolve educação, tanto a formal com a não-formal. Falar para uma pessoa que veicula propaganda que seu som está incomodando soa como uma afronta ao contrário. Ou seja, nós estaríamos atrapalhando seu negócio. O jovem, futuro da nação, não entendeu que sua liberdade vai até onde começa a do outro.
Agora, o poder público deve agir. Há leis que amparam ações no sentido de coibir e até proibir sons acima dos decibéis permitidos. Por que não agem? Devemos cobrar ações mais rígidas para proibir esse barulho que tanto nos perturba. Nossos representantes devem agir conforme nossos anseios e conforme estabelece a lei. Desta forma, mesmo que o anseio dos contraventores for escutar som alto, há a legislação para ser cumprida.
O tempora! O mores!
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