Desde a semana passada
uma notícia já velha, mas que não havia chegado ao conhecimento da maioria
da população, chocou boa parte dos brasileiros: os índios da aldeia
Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, estavam ameaçando cometer um suicídio
coletivo caso fossem despachados da margem do rio aonde estão provisoriamente
acampados.
Há anos os índios pedem
a demarcação das terras Pyleito Kue/Mbarakay - que são deles e que hoje são ocupadas
por fazendeiros e guardadas por pistoleiros - e até agora nada fora feito.
Com a decisão da
Justiça de expulsar os índios, os mesmos entenderam que o governo quer a
extinção da vida dos Guaranis-Kaiowás.
O fato de 170 índios
quererem se matar e pedirem para serem mortos chocou muitos brasileiros e fez
com que muitos outros protestassem de alguma maneira: nas redes sociais vimos
os sobrenomes sendo trocados pelo “Guarani-Kaiowás”, vimos fotos juntamente com a história dos índios sendo
compartilhadas e as do perfil sendo trocadas por fotos dos
Guaranis-Kaiowás, vimos e recebemos pedidos para participar de abaixo assinados.
Quase uma semana depois
dos protestos realizados pelas diversas comunidades brasileiras via internet,
eis que surge uma boa notícia: a Justiça suspendeu a liminar de expulsão. Os
índios deverão permanecer acampados nas margens do rio Hovy até que a demarcação de suas terras seja
definida.
Se o governo percebeu o
erro que estava cometendo graças aos manifestos em redes sociais, blogs,
e-mails, etc., não sabemos. O que sabemos é que uso correto da internet e,
principalmente, das redes sociais está fazendo com que muita gente abra os
olhos e lute contra a forma desumana que os brasileiros (sejam eles brancos,
pretos, amarelos, religiosos ou não) vêm sendo tratados.
Viva ao amor ao
próximo!
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